viernes, 2 de marzo de 2018

GRITO DOS EXCLUÍDO: Declaração Internacional da Marcha Mundial das Mulheres para o 8 de março de Declaración Internacional de la marcha mundial de las mujeres para el 8 de marzo de 2018

Grito Dos Excluídos
portugués y castellano al final
17 min ·
Declaração Internacional da Marcha Mundial das Mulheres para o 8 de março de 2018
Neste 8 de março de 2018, Dia Internacional de Luta das Mulheres, nós da Marcha Mundial das Mulheres, que somos mulheres diversas, de todos os povos, raças e idades, nos unimos mais uma vez para reafirmar que seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres de toda a opressão do patriarcado capitalista e colonial. Seguiremos com o nosso feminismo como forma de vida e as ruas como o nosso espaço onde ampliamos nossas vozes de demanda.
Denunciamos e resistimos ao contexto político mundial, marcado pela crescente crise econômica, social, política, climática e ideológica. Em suma, denunciamos o estado de guerra total, em que nós mulheres somos as maiores afetadas!
Denunciamos os argumentos econômicos e nacionalistas como forma de privar-nos do exercício de direitos e liberdades fundamentais e consequente boicote da autonomia das mulheres e dos povos. Rejeitamos todas as políticas dos governos de direita, que, cada vez mais radicais, expressam ódio, racismo, misoginia, intolerância e demais formas de discriminação. Mantemo-nos firmes e em luta contra a criminalização dos movimentos sociais. A luta por nossos direitos e liberdades é uma expressão justa, portanto NÃO SOMOS CRIMINOSAS! Seguiremos nas ruas e em solidariedade com nossas companheiras assassinadas, perseguidas e privadas da sua liberdade e ação política.
Denunciamos e enfrentamos o avanço da militarização em todo mundo como estratégia de controle da vida dos povos. A militarização assegura o neocolonialismo, o novo saque e apropriação do capital sobre os recursos naturais e a manutenção do enriquecimento da indústria de armamento frente à crise. Para além do permanente estado de guerra no médio oriente e em África, preocupam-nos os sinais das potências militarizadas do Norte, que mostram uma ameaça de retorno à guerra fria e a contínua interferência nos países do sul tentando promover o modelo de democracia neoliberal nórdico como a meta a atingir.
Denunciamos os acordos de livre comércio, que empobrecem cada vez mais os povos do sul global. A apropriação, privatização e mercantilização do conhecimento, da terra, água, saúde, educação e demais bens comuns agudizam a exploração do trabalho das pessoas
empobrecidas, retiram a oportunidade das gerações seguintes, perpetuando o ciclo de pobreza. A indústria extrativista e o agronegócio seguem degradando a nossa saúde e nossas condições de vida, enquanto as elites políticas acumulam uma riqueza baseada na corrupção e impunidade e constroem um Estado que serve aos interesses das transnacionais. Reafirmamos que seguiremos colocando nossos corpos nas ruas para o enfrentamento da situação, visto que as instituições de direito estão cada vez mais fragilizadas diante do poder do capital e não funcionam como deveriam. As forças de mercado enfraquecem o estado social e de direito.
Denunciamos o assassinato do planeta pela institucionalização de um universalismo ocidental e pela busca desenfreada de lucro. O cartel formado pelas antiéticas corporações multinacionais está a destruir a mãe terra que nos mantém. Os acordos climáticos têm criado falsas soluções, fundamentadas num marketing de linguagem que tem se mostrado vazio e perpetuador da violência contra a natureza! Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, mulheres do campo e das cidades, estamos pela manutenção da vida. Colocamos nossas vidas para defender a natureza da qual viemos, somos parte, nos mantém e para onde vamos. Defendemos a água, a terra e as florestas em nossos territórios, pois acreditamos em modos de vida que interajam de forma sustentável com os recursos naturais.
Denunciamos um mercado que explora e precariza as condições de trabalho das mulheres através de longas horas de trabalho, baixos salários e exposição a riscos diversos. Denunciamos a precarização do trabalho doméstico e de cuidados. Este trabalho que garante a manutenção da vida humana, que nutre, harmoniza, ensina, ampara. Este mesmo trabalho é invisibilizado e desvalorizado! Questionamos a divisão sexual do trabalho que sobrevaloriza o trabalho socialmente concebido para os homens a partir da negação do valor do trabalho atribuído as mulheres. Como pode o mundo inferiorizar o exercício das mais elementares tarefas para a existência humana, como o ato de cozinhar o que nos alimenta e limpar o lugar onde vivemos e nos deitamos? O trabalho exercido pelas mulheres é a base para manutenção da vida e, portanto, uma importante fonte de contribuição econômica. Exigimos o reconhecimento do valor do trabalho doméstico, pois as contribuições econômicas vão para além do que pode ser monetizado.
Denunciamos a indústria do auxílio internacional (aid industry) e os programas de desenvolvimento, em particular os que se focam nas questões de gênero, como agentes que promovem as agendas neoliberais e imperialistas, perpetuando a discriminação, racialização e exploração de mulheres dos países do sul.
Denunciamos e seguiremos denunciando sempre todas as formas de violência, porque não nos esquecemos da violência machista que enfrentamos cotidianamente em espaços públicos e privados. Dizemos bem alto: CHEGA! Basta de estupros, violações, uniões/casamentos forçados e feminicídios - que não acontecem apenas nos países da Ásia e África, mas que estão presentes nas vidas das mulheres de todas as classes e em todo mundo. Nossos corpos e nossas vidas nos pertencem e não negociaremos esse direito.
Enaltecemos, apoiamos e participamos de iniciativas para acabar com o silêncio como os recentes movimentos de denúncia e de ocupação do espaço público: Marcha das Mulheres, Time’s up, #metoo, Ni una a menos!, Vivas nos queremos! e a Greve Internacional de Mulheres
como iniciativas que se somam às lutas permanentes e incontornáveis que vimos travando contra a opressão do sistema patriarcal, capitalista e colonialista.
Enaltecemos as lutas e resistências das mulheres que usam seu local como espaço de construção de novas narrativas e de reescrever a história das populações marginalizadas, salientando a diversidade e multiculturalidade dos povos, a solidariedade como estratégia de subversão do sistema atual, e como estratégia de humanização, contribuindo para a transformação das sociedades, tornando-as mais justas e iguais.
É por tudo isto e mais que nós, mulheres da Marcha Mundial das Mulheres, como movimento de ação permanente, marcharemos neste 8 de Março.
Estaremos em ação ao redor do mundo durante as 24 horas do dia 24 de Abril de 2018 para reafirmar que “Rana Plaza é em todo lugar”. Denunciaremos a indústria têxtil, as transnacionais e todo tipo de exploração do trabalho das mulheres.
Seguimos rumo ao XI Encontro Internacional, de 22 a 28 de outubro no País Basco, onde construiremos coletivamente as utopias e alternativas em prol de um mundo de justiça, liberdade e paz pelo qual marchamos!
Seguimos transformando nossa dor em força!
Seguimos acreditando na solidariedade e no trabalho coletivo! Seguimos em Marcha , mulheres… sempre!
Fevereiro de 2018 Marcha Mundial das Mulheres

CASTELLANO

Declaración Internacional de la marcha mundial de las mujeres para el 8 de marzo de 2018

ESTE 8 de marzo de 2018, día internacional de lucha de las mujeres, nosotros de la marcha mundial de las mujeres, que somos mujeres diversas, de todos los pueblos, razas y edades, nos unimos una vez más para reafirmar que seguiremos Hasta que todas seamos libres de toda la opresión del patriarcado capitalista y colonial. Seguiremos con nuestro feminismo como forma de vida y las calles como nuestro espacio donde ampliamos nuestras voces de demanda.

Denunciamos y resistimos al contexto político mundial, caracterizado por la creciente crisis económica, social, política, climática e ideológica. En resumen, denunciamos el estado de guerra total, en el que las mujeres somos las mayores afectadas!

Denunciamos los argumentos económicos y nacionalistas como forma de privar del ejercicio de derechos y libertades fundamentales y consecuente boicot de la autonomía de las mujeres y de los pueblos. Rechazamos todas las políticas de los gobiernos de derechas que, cada vez más radicales, expresan odio, racismo, misoginia, intolerancia y otras formas de discriminación. Nos mantenemos firmes y en lucha contra la criminalización de los movimientos sociales. La lucha por nuestros derechos y libertades es una expresión justa, así que no somos criminales! Seguiremos en las calles y en solidaridad con nuestras compañeras asesinadas, perseguidas y privadas de su libertad y acción política.

Denunciamos y nos enfrentamos al avance de la militarización en todo el mundo como estrategia de control de la vida de los pueblos La militarización garantiza el neocolonialismo, el nuevo saqueo y la apropiación del capital sobre los recursos naturales y el mantenimiento del enriquecimiento de la industria armamentística frente a la crisis. Además del permanente estado de guerra en oriente medio y África, nos preocupan las señales de las potencias militares del norte, que muestran una amenaza de retorno a la guerra fría y la continua interferencia en los países del sur tratando de promover el modelo de democracia neoliberal Como la meta.

Denunciamos los acuerdos de libre comercio, que agotan cada vez más a los pueblos del sur global. La apropiación, privatización y comercialización del conocimiento, la tierra, el agua, la salud, la educación y otros bienes comunes agudizan la explotación del trabajo de las

Empobrecidas, retiran la oportunidad de las generaciones siguientes, perpetuando el ciclo de pobreza. La industria extrativista y el agroindustria siguen degradando nuestra salud y nuestras condiciones de vida, mientras que las elites políticas acumulan una riqueza basada en la corrupción e impunidad y construyen un estado que sirve a los intereses de las Reafirmamos que seguiremos poniendo nuestros cuerpos en las calles para hacer frente a la situación, ya que las instituciones de derecho están cada vez más debilitadas ante el poder del capital y no funcionan como deberían. Las fuerzas del mercado debilitan el estado social y de derecho.

Denunciamos el asesinato del planeta por la institucionalización de un universalismo occidental y la búsqueda desenfrenada de beneficios. El cartel formado por las inmorales corporaciones multinacionales está destruyendo a la madre tierra que nos mantiene. Los acuerdos climáticos han creado soluciones falsas, basadas en un marketing de lenguaje que se ha mostrado vacío y perpetrador de la violencia contra la naturaleza! Nosotros, de la marcha mundial de las mujeres, mujeres del campo y de las ciudades, estamos por el mantenimiento de la Ponemos nuestras vidas para defender la naturaleza de la que venimos, somos parte, nos mantienen y a donde vamos. Defendemos el agua, la tierra y los bosques en nuestros territorios, porque creemos en formas de vida que interactúan de forma sostenible con los recursos naturales.

Denunciamos un mercado que explota y precariza las condiciones de trabajo de las mujeres a través de largas horas de trabajo, bajos salarios y exposición a riesgos diversos. Denunciamos la precarización del trabajo doméstico y de cuidados. Este trabajo que garantiza el mantenimiento de la vida humana, que nutre, armoniza, enseña, alienta. Este mismo trabajo es invisible y devaluado! Cuestionamos la división sexual del trabajo que sobreestima el trabajo socialmente concebido para los hombres a partir de la negación del valor del trabajo asignado a las mujeres. Cómo puede el mundo difícil el ejercicio de las más elementales tareas para la existencia humana, como el acto de cocinar lo que nos alimenta y limpiar el lugar donde vivimos y nos acostamos? El trabajo realizado por las mujeres es la base para el mantenimiento de la vida y, por tanto, una importante fuente de contribución económica Exigimos el reconocimiento del valor del trabajo doméstico, ya que las contribuciones económicas van más allá de lo que puede ser monetarios.

Denunciamos la industria de la ayuda internacional (aid industry) y los programas de desarrollo, en particular los que se centran en las cuestiones de género, como agentes que promueven las agendas neoliberales e imperialistas, perpetuando la discriminación, la racialização y la explotación de mujeres .

Denunciamos y seguiremos denunciando todas las formas de violencia, porque no nos olvidamos de la violencia machista que nos enfrentamos en espacios públicos y privados. Decimos muy alto: Basta! Basta de violaciones, violaciones, UNIONES / matrimonios forzosos y feminicidios - que no sólo se producen en los países de asia y África, sino que están presentes en las vidas de las mujeres de todas las clases y en Nuestros cuerpos y nuestras vidas nos pertenecen y no negociaremos ese derecho.

Alzado, apoyamos y participamos en iniciativas para acabar con el silencio como los recientes movimientos de denuncia y de ocupación del espacio público: marcha de las mujeres, time up, #metoo, ni una menos!, vivas nos queremos! Y la huelga internacional de mujeres

Como iniciativas que se suman a las luchas permanentes e ineludibles que hemos visto bloqueo contra la opresión del sistema patriarcal, capitalista y colonialista.
Alzado las luchas y resistencias de las mujeres que utilizan su sitio como espacio de construcción de nuevas narrativas y de reescribir la historia de las poblaciones marginadas, destacando la diversidad y multiculturalidad de los pueblos, la solidaridad como estrategia de subversión del sistema actual, y como , contribuyendo a la transformación de las sociedades, haciendo más justas e iguales.

Es por todo esto y más que nosotros, mujeres de la marcha mundial de las mujeres, como movimiento de acción permanente, marcharemos este 8 de marzo.
Estaremos en acción alrededor del mundo durante las 24 horas del 24 de abril de 2018 para reafirmar que "rana plaza está en todas partes". denunciaremos la industria textil, las transnacionales y todo tipo de explotación del Trabajo de mujeres.
Seguimos hacia el xi encuentro internacional del 22 al 28 de octubre en el país vasco, donde construiremos colectivamente las utopías y alternativas para un mundo de justicia, libertad y paz por el que marchamos!

Seguimos transformando nuestro dolor en fuerza!

Seguimos creyendo en la solidaridad y en el trabajo colectivo! Seguimos en marcha, mujeres... Siempre!

Febrero de 2018 marcha mundial de las mujere

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